terça-feira, 13 de setembro de 2011

Apenas uma sombra na lembrança

Escrito após ler o conto . . .

Crônica do interminável anseio de Mariela Mei
Mordo faminto uma sombra
Da sua lembrança,
Mastigo a penumbra de sua partida
E engulo seco a sua ausência.

E sinto ânsia
Não sei se de ver você novamente,
Ou de nó que fecha esse embrulho
No estômago,
Na garganta.

Saudade de ver impressa no chão
A sua delicadeza, sob a porta
De baixo da arandela
Eu sempre a espera
Sabia quando era você,
Mesmo antes que entrasse...

Não pelo som ou cheiro e sim
Na silhueta desenhada no chão.

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