quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Gotejante

Escrito após ler o conto . . .

CONTA-GOTAS de Mariela Mei
Como se fosse um balde
De baixo de um lustre velho
Por onde faz escorrer lentamente
Umas gotas, poucas amiúde,

D'água suja de ferro
Escorre, pinga
De tempo corre

Gotejam meu pensamento
E o sentimento
Na superfície de lâmina líquida
Extravaza seu conteúdo

Tempo,
Gota,
Persiste na desordem
Dessa coisa estranha e linda
Dessa conta que não finda
Tamanha
Tamanha gota
Que conta dor
Da gota, última que falta

E vai cair!

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