quinta-feira, 6 de outubro de 2011

De braços e lápis dados continua . . .


"Caro senhor Joaquim; primeiramente peço-lhe perdão pela liberdade tomada nesta carta já que nosso relacionamento sustenta poucos anos de superficialidade cotidiana, fato que tornaria quase injustificável uma confissão como a que eu farei. Mas a questão é exatamente essa: eu não estou aqui com a finalidade de estreitarmos nossos laços, muito menos possuo qualquer ilusão de que o senhor poderá, por meio destas ............................... "    clique acima, para ler interio!

Rotina

Na superficialidade cotidiana
Dos cordiais 'bom dias', 'bom descanso'
Eu muito manso, quieto...
Descobri uma moça.
Que me fez deixar de lado
O olhar obsceno, do desejo pequeno
Aprendi o olhar simples
Que não traz desejo, angústia

Olho-a, rezo-a
''Te tenho uma reza"
Sempre digo a ela!

Ladainha dentro do pulso
Sinto e ressinto, mas não engano,
Não minto, só omito!

Ah o tal amigo do Joaquim...
Não sou eu, e de quem falo é moça
Que me espreme e força
A não querer mais do que devo

A rotina, desse Joaquim, parece banal
A minha um conforto
Absorto na graça austera,
Complicação sincera,
Pensamento célere
Vê-la na surpresa da imprevisibilidade
De sua cotidiana elegância,
Alternância...
Um dia lentes
Noutro óculos

A moça, vejo todo dia
Dia a dia,
E a cada um que passa
O outro pra trás...
Que bem poderiam ser
Seus passos em minha direção
Vindo entregar-me uma carta
Dizendo...

Ah! nem é preciso dizer...

Nenhum comentário:

Postar um comentário