quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Isabelle

Não é o mesmo vermelho que se vê ao por do sol
Nem tampouco o que se vê num lençol
                após a primeira noite da donzela

Não é o mesmo dourado do cabelo daquela menina
E não é mesmo o dourado que enfeita as mãos dos reis
                dos príncipes ou a de um nobre que seja

Não é o mesmo azul que se vê em alguns sonhos
Nem tampouco aquele que se via no entorno da íris
                da surpreendente Isabelle, tão lindo e puro

Não é o mesmo negro que se via durante a noite
E não é mesmo o negro que devora qualquer cor
                qualquer olhar ou um desejo que seja

Já não mais se mantém o branco da pureza
Pois não há mais a noção, mesmo que vaga
                de como um dia foi a tez da menina

Já não mais a querem, já não mais a vêem
Pois o que de precioso tinha lhe fora tirado
                cruelmente, rudemente e finalmente

Já não se sabe mais por aonde irá Isabelle
Mas em meus sonhos brinca com Annabel
                ambas na praia com o vento a cantar

Sobre a palidez de suas belezas e proezas
A correrem dançando e rodopiando ao som
                 de um mar revolto e calmo e calmo e revolto