Não é o mesmo vermelho que se vê ao por do sol
Nem tampouco o que se vê num lençol
após a
primeira noite da donzela
Não é o mesmo dourado do cabelo daquela menina
E não é mesmo o dourado que enfeita as mãos dos reis
dos
príncipes ou a de um nobre que seja
Não é o mesmo azul que se vê em alguns sonhos
Nem tampouco aquele que se via no entorno da íris
da surpreendente
Isabelle, tão lindo e puro
Não é o mesmo negro que se via durante a noite
E não é mesmo o negro que devora qualquer cor
qualquer
olhar ou um desejo que seja
Já não mais se mantém o branco da pureza
Pois não há mais a noção, mesmo que vaga
de como
um dia foi a tez da menina
Já não mais a querem, já não mais a vêem
Pois o que de precioso tinha lhe fora tirado
cruelmente,
rudemente e finalmente
Já não se sabe mais por aonde irá Isabelle
Mas em meus sonhos brinca com Annabel
ambas
na praia com o vento a cantar
Sobre a palidez de suas belezas e proezas
A correrem dançando e rodopiando ao som
de um mar revolto e calmo e calmo e revolto