Vive.
Nele,
Não há sangue algum.
Em minhas veias e artérias
Corre é tinta.
Gosto de pensá-la
Em cor azul
A minha preferida.
Ele é cheio,
Repleto.
Não bate,
Vibra continuamente.
Emociona-se à toa
A todo instante
Desejo usar essa tinta
Escrever o dia todo
Minha vida é um livro
Que a mim não foi dada a posse
Sou grato.
Este músculo,
O mais forte de meu corpo
Que me dá a vida
E o sentido.
Quero sangrar até morrer
Um bom poema
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