Fui
engolido por uma baleia chamada solidão
Fui
cuspido pela baleia numa ilha chamada solidão
Por
onde sobrevoavam aves sem nomes, sem cores, sem graça.
Construí
uma balsa, com troncos velhos abandonados
E
batizei-a: solidão.
Coloquei-a
no mar e parti.
Por
um barco fui avistado e trazido a bordo.
No
convés, morta na solidão, a baleia que me engolira e cuspira.
Na
rota traçada no mapa estava a ilha solidão.
Sobre
o barco também voavam aves sem nomes, sem cores, sem graça.
O
nome do barco?
Não
sei se era solidão, era pintado em seu casco
Numa
língua por mim ainda desconhecida...
Talvez
seu nome fosse: vida!
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