Talvez fosse poeta
Se fingisse sentir dor
A dor que deveras sinto
Talvez seja poeta
Pois não sinto a dor
Que deveras minto
Talvez serei poeta
Quando parar de sentir
E de fingir que escrevo
O que minto
Que sinto
Muito
Escrevendo sobre o que penso
Que sei ou não
Que sinto ou omito
Talvez nunca serei poeta
Enquanto em mim restar ferida aberta
Talvez nem queira o ser
Basta-me sentir...
O que sou?
Só escrevinhador.
Seja de dor
De amor
De fingimento
O que for.
Deveras, pouco me importa!
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