Vivo preso num hospício
Chamado ‘meu corpo’
Aprisionado dentro da carne
Contido pelas amarras
Das necessidades fisiológicas
Vivo preso num manicômio
Que se chama ‘minha mente’
Repleto de jardins,
Fontes e estátuas de musas,
Infindáveis rebanhos errantes
Nas colinas azuis dos delírios
Das árvores cheias de maritacas
Vivo completamente livre
Em um lugar chamado
Sociedade, livre do que quero
Livre do que espero
Livre das minhas ideias
Sou insano e comportado
Louco e consciente
Responsável e doente
Crente na anarquia
Que existe plena
Nas prisões em que
Sou plenamente livre
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