O
florescer dos ipês revela
A
esperança de que o feio
Um
dia se torne o belo
Traduz
a fé em um calor
Que
existe mesmo num frio
Doloroso,
melancólico e triste
Um
céu repleto da nitidez azul
Que
poucos percebem
Concentrados
no desconforto
Sinto
necessidade do frio
Da
dor nos ossos
Do
queimar da pele
Do
pingar do nariz
Do
anseio da primavera
E
que prazer teria eu
Se
não me fizesse triste
Para
admirar a alegria
De
galhos secos e coloridos
Dos
tais ipês todos floridos
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